Este post faz parte da série Cultura na rua de Floripa É na esquina da Deodoro com a Felipe Shmidt, em frente à igreja São Francisco no calçadão de Florianópolis, que há 9 anos todos os dias seu Semura pinta com acrílico sobre tela temas da ilha. Ele passou mais de 20 anos tendo a figueira da praça XV como sala de estar de seu estúdio ao ar livre.
Este artista que escolheu as ruas para exercitar seu dom veio de Porto Alegre para Floripa há 30 anos. Na cidade onde nasceu, conta ele, era muito pobre. Conheceu Francisco Brilhante nas ruas aos 8 anos de idade. Um velhinho, dizia ele, que pintava e ensinava a arte.
Semura não tinha dinheiro para as aulas então ia todos os dias observá-lo pintar. Um dia Francisco Brilhante lhe disse para pintar alguma coisa. Qualquer coisa. E ele descobriu que era bom. Assim ele aprendeu e ensinou a seu filho Daniel Goulart, que o acompanha diariamente.
Quando o mestre morreu Semura veio para cá. "A gente não pode ficar preso assim, tem que caminhar", afirma.
Fotografei alguns quadros, mas o prazer da conversa só indo pessoalmente ao centro da cidade para conferir.
A gente tem que ser bom. Eu só ouço as coisas boas que as pessoas têm dentro do coração.
Semura