terça-feira, 27 de maio de 2008

Arte na rua de Floripa

Este post faz parte da série Cultura na rua de Floripa

É na esquina da Deodoro com a Felipe Shmidt, em frente à igreja São Francisco no calçadão de Florianópolis, que há 9 anos todos os dias seu Semura pinta com acrílico sobre tela temas da ilha. Ele passou mais de 20 anos tendo a figueira da praça XV como sala de estar de seu estúdio ao ar livre.

Este artista que escolheu as ruas para exercitar seu dom veio de Porto Alegre para Floripa há 30 anos. Na cidade onde nasceu, conta ele, era muito pobre. Conheceu Francisco Brilhante nas ruas aos 8 anos de idade. Um velhinho, dizia ele, que pintava e ensinava a arte.

Semura não tinha dinheiro para as aulas então ia todos os dias observá-lo pintar. Um dia Francisco Brilhante lhe disse para pintar alguma coisa. Qualquer coisa. E ele descobriu que era bom. Assim ele aprendeu e ensinou a seu filho Daniel Goulart, que o acompanha diariamente.

Quando o mestre morreu Semura veio para cá. "A gente não pode ficar preso assim, tem que caminhar", afirma.

Fotografei alguns quadros, mas o prazer da conversa só indo pessoalmente ao centro da cidade para conferir.


A gente tem que ser bom. Eu só ouço as coisas boas que as pessoas têm dentro do coração.

Semura

sábado, 24 de maio de 2008

Cultura na rua de Floripa - Circo

Este post faz parte da série "Cultura na rua de Floripa"


O circo transforma, o circo dá vida, emoção, diversão...


A arte circense compõe o imaginário social a mais ou menos 2.080 anos. É uma cultura peculiar que passa de pais para filhos que perpetua e compõe a cultura de vários grupos sociais.

Teve origem nas ruas, ganhou as lonas e viaja o mundo mostrando a sua arte.

Um jovem idoso que consegue levar cada observador da platéia a um lugar único, lúdico onde é possível voar,rir sem motivo, desaparecer e reaparecer, desafiar as leis da física e as leis sociais.

Eu e minha amiga Luciene Kumm desenvolvemos um trabalho em fotojornalismo com o tema "Sons da Cidade". Nosso recorte foi o "Circo Bremer" que chegou na cidade dia 16 de maio. Fotografamos e montamos um audio com sons do circo. A proposta teve apoio da coordenação do curso e a instalação fotográfica será apresentada na Estácio de Sá-Floripa no dia 3 de junho. Ficará em exposição na praça de alimentação da faculdade a partir do dia 9 de junho.

Adoro o encanto que o circo desperta, da alegria ingênua que lembramos que temos e das risadas despretensiosas que transbordam. Acompanhamos as apresentações durante três dias e a cada apresentação fotografamos tudo com um sorriso no rosto, que não desmanchava. De vez em quando ainda perdíamos alguma imagem enquanto ríamos, muuuito dos palhaços. O Palhaço Pepito é realmente um show. A muito tempo não via palhaços realmente engraçados.

O circo está em São José, próximo ao Shopping Itaguaçu e vai ficar na cidade 2 meses e tem espetáculo todos os dias às 20h30. Nos finais de semana também às 15h , 18h e 20h30.




quinta-feira, 22 de maio de 2008

Livros na rua de Floripa

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Falando em cultura na rua de Floripa não posso deixar de falar da Feira de Rua do Livro de Florianópolis que já aconteceu, entre 30 de abril e 10 de maio.


Muito legal estarmos já na 7ª edição da feira, com expositores de todo o estado e tal. Mas temos que discutir os preços dos livros. A maioria tinha menos de 8% de desconto. Livros infantis por R$1,00, não eram nenhum “bestseller”da literatura.


Em um evento desse porte espera-se que grandes publicações estejam a preços acessíveis. É evidente que a feira é importante para desenvolver o interesse pela leitura nos jovens e crianças, mas constatar que em Florianópolis assim como em todo o Brasil a cultura ainda é um privilégio de uma minoria é muito triste.







Arte na rua de Floripa - Corpus Christi

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A arte e a cultura não ficam mais enclausuradas dentro de museus. Tomam as ruas em uma manifestação popular de arte sacra. Com areia, sal, flores, folhas, café, serragem de várias colorações os tradicionais tapetes montados para a comemoração católica de Corpus Christi deram força às ruas do centro de Florianópolis.

Artistas anônimos estavam cedo em frente a Catedral Metropolitana de Florianópolis com seus materiais, para preparar esta exposição artística ao ar livre.

Maria de Lourdes Gevaerd, 65 anos, conta que de 1953 a 1955, ajudou as freiras do colégio em que estudava a confeccionar os tapetes. Usavam em baixo papéis com os desenhos para depois colocar os materiais coloridos. As alunas faziam as montagens mais simples.

Fotos Floripa - veja todas




domingo, 4 de maio de 2008

Cultura na rua de Floripa

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Florianópolis é palco de manifestação gay pela terceira vez .




Floripa deu show de cor, organização e luta pelos direitos civis dos cidadãos gays na Beira Mar Norte. A avenida se encheu de graça, alegria e busca pelo amor livre. "Homossexuais também votam" foi uma das bandeiras levantadas na última tarde de sábado, 03 de maio de 2008.


Nem mesmo a ameaça de tempestade e ventos fortes devido a um ciclone extra tropical abalou a determinação de milhares de pessoas em comparecer ao evento. Leão Lobo que todo ano vem a Floripa discursou em favor do direito de união civil do homossexual. Segundo ele "é preciso buscar apoio na lei e não em religiões".

Também o prefeito Dário Berguer e a esposa prestigiaram a III Parada da Diversidade realizada em Florianópolis.